domingo, 17 de fevereiro de 2013

Uma boa noite de sono renova a pele e ajuda a retardar o envelhecimento



A má qualidade do sono ou a falta dele afeta o rendimento nas tarefas cotidianas, o humor e até a memória, já que é durante a noite que o cérebro consolida as informações adquiridas durante o dia. Mas não é só isso. Os efeitos de noites mal dormidas podem ser sentidos logo na primeira parada em frente ao espelho, pela manhã: o rosto parece cansado, a pele fica opaca, aparecem olheiras e até manchas. E se dormir mal ou pouco virar rotina, mais dicícil vai ficar para apagar essas marcas com corretivo e pó facial.
 Durante o sono o organismo trabalha para desintoxicar e recuperar os tecidos. "Enquanto dormimos, as células da pele produzem colágeno e se renovam", afirma Aparecida Machado de Moraes, chefe do departamento de dermatologia da Universidade Estadual de Campinas. De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, especializado em sono pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, é também à noite que ocorre o pico de produção do hormônio do crescimento, o GH. "Ele é importante para a renovação celular e um aliado e tanto no combate ao envelhecimento da pele", explica o especialista.
 Como se não bastasse, na falta de um sono de qualidade, o cortisol, hormônio ativado pelo estresse, continua funcionando a toda, sem dar trégua ao organismo. A consequência direta desse desequilíbrio é a formação de radicais livres e o aparecimento de rugas precoces. "Manter sob controle os níveis de cortisol também é importante para garantir a hidratação da pele", diz Luciana Palombini, pneumologista especialista em medicina do sono, do Instituto do Sono.
           
Mais do que provado
 Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, valida a famosa expressão "sono da beleza" e reforça todas as afirmações feitas até aqui pelos especialistas. No experimento, 23 homens e mulheres, com idades entre 18 e 31 anos, foram fotografados em duas situações: após oito horas de sono e, novamente, depois de passarem 31 horas acordados.
 Os retratos tirados com a mesma iluminação, a mesma distância da câmera e a mesma expressão facial foram exibidos a 66 pessoas que, sem saber da pesquisa, tiveram de escolher quem achavam mais atraente. Ganharam as fotos dos voluntários registradas após uma noite bem dormida. "A privação aguda de sono funciona como um processo inflamatório, que pode comprometer o equilíbrio da pele e acelerar a degradação do colágeno. Mas o que este estudo concluiu foi que estas alterações também afetam a opinião dos outros em relação à sua aparência e expressão facial", sintetiza Luciana.
No seu tempo
 Para passar bem longe de todos os malefícios da privação de sono, o correto é dormir o suficiente para acordar sem nenhum traço de cansaço, totalmente revigorada. O que nem sempre implica repousar as tais oito horas por noite, como se convencionou recomendar. Na realidade, a quantidade de sono diária depende de características individuais. "Cada pessoa tem seu tempo ideal de sono. Para o repouso ser saudável, ele precisa permitir que a pessoa chegue a determinados estágios de relaxamento e isso não depende necessariamente do número de horas", explica o neurologista Shigueo Yonekura.
 Assim, há pessoas que se satisfazem com seis horas diárias de sono, enquanto outras não conseguem funcionar direito com menos de dez horas. Para descobrir em qual grupo você se encaixa faça o seguinte teste: no período de férias, época em que não há compromissos e preocupações, desligue o despertador e fuja dos locais barulhentos. Então, durma até acordar naturalmente e faça as contas de quanto tempo passou sob os lençóis. Este provavelmente é o seu ideal.
 Mas além da quantidade, é preciso estar atenta à qualidade do sono, que virá a partir do estabelecimento de uma rotina. É importante determinar uma hora para despertar e também uma para ir para a cama. Após o jantar, deve-se poupar energia e exercer apenas atividades relaxantes, como ler ou assistir a um filme. "Exercícios físicos nunca devem ser praticados em horários próximos aos de dormir, e os problemas, sempre que possível, devem ser deixados bem longe da cama", finaliza Yonekura.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Europa bane os testes de cosméticos em animais

O debate sobre o uso de animais em testes para a indústria de cosméticos não é novo, mas hoje o assunto dá mais um passo a favor do bem estar dos bichos. A União Europeia acaba de anunciar que está banindo a importação e a comercialização de qualquer ingrediente ou produto de beleza que tenha sido testado em animais.

Ou seja, não só os países europeus devem deixar de fazer testes em animais como não serão vendidos itens que ainda o façam em outros países. E isso inclui desde cremes e sabonetes até maquiagens e pastas de dente.

Tonio Borg, novo comissário europeu de Saúde e Consumo, foi quem confirmou a validação da medida em uma recente carta. "Esta decisão também significa que precisamos aumentar nossos esforções para o desenvolvimento, validação e aceitação de métodos alternativos bem como o reconhecimento internacional destes métodos", disse ele, que até deu uma previsão para o ato entrar em vigor: março deste ano.

Os ativistas das causas animais se mostram otimistas com a novidade. A chefe executiva da organização Cruelty Free International, Michelle Thew, afirma que "este é um evento histórico e a culminação de mais de 20 anos de campanha. Agora vamos aplicar nossa determinação e visão em território global, para assegurar que o resto do mundo siga este exemplo".